sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Projeto Político Pedagógico e Proposta Pedagógica / Planejamento de ensino e Aprendizagem

Olá, hoje comentaremos um pouco mais sobre aspectos educacionais através de uma resenha sobre dois capítulos de um livro chamado Didática.
Didática (ed. Alínea, 2009) da pedagoga Anterita Cristina de Souza Godoy (org) abrange os fundamentos do trabalho pedagógico.
As autoras são todas conhecedoras do assunto, sendo graduadas, pós-graduadas e mestradas em diversas ramificações da área de educação.
O capítulo 4 do livro, “Projeto Político Pedagógico”aborda a questão do planejamento escolar, alguns tipos do mesmo, suas características etc.
Em um planejamento devem ser colocados os desejos, intenções a serem alcançadas e os meios (ações para se chegarem ao objetivo) que aliás é primordial. Em todo planejamento deverá haver objetivos.
No desenvolvimento do mesmo devem ser discutidos os problemas da escola, havendo reflexões do que é necessário ser mudado, transformado, sob o desejo da equipe escolar e comunidade. Enfocando um pouco mais sobre os profissionais do âmbito escolar é preciso ser citada a grande importância da coletividade, afinal, todos os componentes do grupo são de extrema valia, somente trabalhando em conjunto conseguirão alcançar as metas almejadas.
Assim como o Projeto Político Pedagógico (PPP), a proposta pedagógica também é um planejamento escolar, mais precisamente, um documento de cunho escolar onde serão expostas as necessidades, limitações, expectativas e potencialidades da comunidade, dos alunos e da equipe escolar, assim como também os recursos que serão utilizados durante seu processo de execução.
Já o capítulo 5 “Planejamento de Ensino e Aprendizagem” visa o “micro”, ou seja, as ações didáticas que irão ocorrer em aula. Tanto o plano de ensino como o plano de aula também são documentos, sendo o primeiro elaborado para cada uma das disciplinas do curso e o segundo, focado para a previsão de conteúdos e atividades que deverão ser trabalhados em uma aula ou em um conjunto delas.
O desenvolver do capítulo fala dentre outras coisas, sobre os componentes desses documentos, objetivos educacionais, alguns tipos de conteúdos e metodologia de ensino.
Enfim, tanto esses dois capítulos quanto o conjunto da obra tratam de questões pertinentes às instituições escolares, tendo um conteúdo bem intelectual e culto visando esclarecer as rotinas educacionais.
Para nós, leitores, fica a incógnita, será que os atuais profissionais do meio levam à sério essas questões? Será que é dada a devida atenção aos temas comentados?
Sugerimos que você leia a obra completa, aliás, muito enriquecedora e reflita sobre o assunto, tirando suas próprias conclusões.
Até mais e boa leitura!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Programa Ler e Escrever

Em palestra fornecida pela profª Ms. Graziela Bortoletto Banzatto, atuante do cargo PCOP (professora coordenadora de oficina pedagógica) na Diretoria de Ensino de Piracicaba foi apresentada a linha de pesquisa que atualmente é usada pelo Estado de São Paulo. Essa linha acredita que mesmo crianças pequenas são capazes de ler e escrever o mais rápido possível.
Os profissionais participantes desse pensamento acreditam que podemos resgatar as crianças em defasagem partindo do que elas já sabem, porque todas sabem alguma coisa e criticam veemente os professores que enxergam essas crianças como alunos que nada sabem.
E foi na escrita dos alunos que começou a ser observado o seu aprendizado e à partir disso foi estabelecido níveis ou categorias para enquadrar os casos, criando assim hipóteses de escrita, sendo elas: pré-silábica, silábica sem valor sonoro, silábica com valor sonoro, silábica alfabética, recém alfabética e alfabética.
Enfim, uma vez diagnosticado o problema, era necessário uma solução e é onde nasce o programa Ler e Escrever, tendo como objetivo alfabetizar todas as crianças até o final da 2ª série. Para isso foi desenvolvido um material bem enriquecedor, de ótima qualidade, visando contemplar as necessidades desses alunos. Esse projeto está sendo realizado há alguns anos em todas as escolas estaduais que abrangem o Estado de São Paulo e tem como meta a alfabetização total do ciclo I até 2010.
Será o início do fim da analfabetização? Do “passar sem saber”?
Esperamos muito que sim!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

A Aula


Olá, hoje estaremos comentando sobre o assunto aula. Por que muitos alunos não se interessam pelas aulas atuais? Por que não há cumplicidade entre professores e alunos?
Observamos a princípio que não há interação entre ambos, nem mesmo se conhecem. Mais adiante podemos dizer que o controle da aula depende da postura do professor e o mesmo não consegue perceber isso. Muitos deles ainda se apegam a conteúdos antigos, não conseguindo enxergar que a realidade momentanêa é outra, os alunos são outros. Os alunos atuais estão envolvidos em tecnologia avaçada, o “mundo” deles é diferente.
A aula deveria ser um momento mágico com trocas de experiências, participação ativa dos alunos, ou seja, algo diferente do que ainda é hoje. Não adianta querer ensinar da forma como nossos pais, avós... aprendiam.
O grande meio de chamar atenção dos alunos é preparar uma boa aula, esquecendo um pouco o giz, a lousa e o livro. O profissional deve tentar tornar a aula um momento prazeroso, selecionar objetivos pra cada conteúdo, buscar meios pra inovação e existem tantos à disposição.
Contudo, antes de mais nada, os professores deveriam amar seus alunos, respeitar a individualidade de cada um, buscar compreedê-los, enfim, realmente se interessar por eles... talvez o abismo que exista entre ambos seja por esse motivo.
Como futuras pedagogas, esperamos começar da forma certa, para que não sejamos a causa de desmotivação de nossos alunos e até, de nós mesmas.
Até a próxima pessoal!!!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Olá pessoal!!!

Espero que gostem da primeira postagem de nosso blog.
Mediante pesquisa em diversas fontes, comentaremos sobre um grande nome da área de educação e algumas influências de seus pensamentos na didática contemporânea.
Só para lembrar, pode-se dizer que didática é a arte ou técnica de ensinar.
Boa leitura a todos!



Comênio e a história da didática no Brasil

Para quem não conhece Comênio, pode-se dizer que o mesmo é o Pai da Didática Moderna ou o fundador da Pedagogia Moderna, alguém que sentia verdadeira paixão pela educação. Este homem foi um visionário de seu tempo, séc. XVII, porém perseguido, ameaçado, desprezado... e o porquê disso?
Comênio queria ensinar tudo a todos, esse era o seu modelo de escola, inclusive aos portadores de deficiência mental e as meninas, que na época eram excluídos da educação, ele defendia o acesso irrestrito, queria que a educação universal fosse um direito de todos.
Este grande homem chamava-se João Amós Comenius, nascido em 28 de Março de 1592 na Morávia (República Checa) e morto em 1670 em Amesterdão.
Sua grande obra e a mais conhecida é sem dúvida a Didáctica Magna, sendo o primeiro tratado sistemático de Pedagogia, Didáctica e até Sociologia.
Defendia a importância de não ensinar o que tem valor apenas para a escola e sim o que serve para a vida, assim como acreditava que nada deveria ser forçado e sim inflamado nas crianças o desejo de saber e aprender e que isso deveria ser alimentado pelos próprios pais, professores, ambiente escolar etc. Foi um teórico que respeitava a inteligência e os sentimentos da criança.
Se dedicou pessoalmente a uma grande novidade na época: a elaboração de manuais que detalhavam o procedimento dos mestres, segundo gradações das dificuldades e com ritmo adequado à capacidade de assimilação dos alunos. Seu objetivo era que o aluno pensasse por si mesmo, que tivesse senso crítico, também almejava mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação.
Agora vamos falar um pouco sobre a história da Didática no Brasil.
No Brasil os jesuítas foram os principais educadores no período colonial, onde a tarefa educativa era voltada para a catequese e instrução dos indígenas, porém para a elite era oferecido um outro tipo de educação. Mais tarde, no período iluminista do Brasil, o ensino religioso foi cessado e o Estado assumiu a educação, nomeando professores, estabelecendo planos de estudo e inspeção etc, além desse ensino reformado oferecer aulas de línguas modernas, desenho, aritmética, geometria e ciências naturais.
Mais de cem anos depois a Pedagogia Tradicional penetrou no campo educacional, porém com vários acontecimentos posteriores a Pedagogia entrou em crise e a tendência tecnicista entrou em prática.
Atualmente podemos dizer que várias tendências passaram por nosso país, porém ainda é fortemente praticada a Pedagogia Tradicional e é exatamente por isso que lembramos de Comênio. Como é possível que há séculos atrás, Comênio já tendo observado os problemas do Tradicionalismo, ainda hoje, exista este método de ensino, onde há a chamada decoreba, onde os alunos posteriormente não se lembram de mais nada? A falta de interesse que as matérias despertam? A postura autoritária de alguns professores? O medo de mudanças que poderiam auxiliar o método de ensino ou até mesmo reformulá-lo, como a informática, internet etc? E ainda hoje, vocês acham que a educação é realmente para todos, como gostaria Comênio? Será que não há diferença nos níveis de educação aplicados nas diversas instituições?



Fiquem à vontade para postar suas opiniões e até a próxima!!!